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Meridianos & Paralelos

Um blog de notícias alinhavadas quase sempre à margem das notícias alinhadas

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Com... 'Ajudas de Custo'

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Foto de BoxcarBertha.


Amanheceu o quarto dia depois da tragédia na Ásia. Os telejornais da manhã continuam a trazer até às nossas casas imagens tétricas e cenários de horror. Sucedem-se os relatos pungentes dos sobreviventes. Os jornais e as rádios dão voz aos apelos desesperados dos portugueses que continuam mergulhados num pesadelo difícil de imaginar. O ministério dos Negócios Estrangeiros anúncia oficialmente que João Lima de Pimentel, o embaixador de Portugal em Banguecoque, regressará hoje à Tailândia. O embaixador veio passar o Natal com a família e foi surpreendido em Portugal, longe da embaixada. O Tsunami aconteceu no dia 26 de Dezembro. Desde o primeiro minuto que se sabe que existem portugueses na região sinistrada. Entretanto, passaram quatro dias e se é compreensível que o embaixador tenha direito a um Natal em família, é completamente injustificável que, após a dimensão da tragédia, quase seja preciso empurrá-lo de regresso ao seu posto. Lamentavelmente, nem sempre a representação diplomática de um país se faz em bailes, jantares de gala e beberetes. E é para isso que todos os cidadãos contribuem generosamente com os seus impostos para pagar o vencimento daqueles que desempenham essa função. Ocasiões como estas deveriam reverter a opinião do senso comum e demonstrar o quão bem empregue é o salário pago à diplomacia pelo serviço prestado à nação. Infelizmente, não foi esse o sentimento que se reforçou nos portugueses. Bem pelo contrário. Sabe-se que na Ásia, e em particular na Tailândia, existe gente desaparecida, gente ferida, gente apavorada que perdeu tudo, até mesmo o passaporte. Existe gente que implora voltar para casa, deixar para trás toda a morte e devastação que continua a boiar nas ruas, gente à deriva num país desorientado com as suas próprias tragédias, gente que corre agora risco de contágios e epidemias várias, que não consegue fazer-se entender na sua própria língua, que se sente perdida e desamparada. Sim, estava em tempo do embaixador voltar. É uma pena ir quase obrigado, tão contrariado que por momentos todos suspeitámos que seria necessário levá-lo à força para dentro do avião. Porque já vai tarde, o embaixador. Muito tarde.



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